quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Má interpretação provoca resposta errada

Em certa ocasião, uma família britânica foi passar as férias na Alemanha.

No decorrer de certo passeio, os membros da referida família repararam uma pequena casa de campo que lhes pareceu boa para passar as férias de verão. Conversaram com o proprietário, um pastor protestante, e pediram que lhes mostrassem a casa. A residência agradou muito os visitantes ingleses, que combinaram ficar com a casa para o verão vindouro.

Regressando à Inglaterra discutiram sobre a planta da casa e de repente, a senhora lembrou que não tinha visto o WC e então escreveu para o pastor para obter tal pormenor. A carta foi assim redigida.

"Gentil pastor, sou membro da família que há muito tempo o visitou com o fim de alugar sua propriedade no próximo verão, mas como esquecemos de um detalhe, muito agradeceria se nos informasse onde fica o W.C."

O pastor alemão não compreendeu o sentido da abreviatura W.C. e julgando tratar-se da Capela Inglesa "White Chapel", assim respondeu:

"Gentil senhora, recebi sua carta e tenho o prazer de comunicar-lhes que o local a que se refere fica a 12Km da casa. Isto é, muito cômodo, sobretudo se tem o hábito de ir lá frequentemente; neste caso é preferível levar comida para lá ficar o dia todo. Alguns vão à pé, outros de bicicleta e há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 de pé. O ar é condicionado para evitar inconvenientes comuns de aglomeração; os assentos são de veludo (recomenda-se chegar cedo para arrumar lugar sentado).
As crianças permanecem ao lado dos adultos e todos cantam em coro.
À entrada é fornecida uma folha de papel a cada pessoa, mas se alguém chegar depois de distribuí-la, pode usar a folha do vizinho ao lado, sendo que tal folha deve ser restituída na saída para ser usada durante muitos meses. Existe amplificadores de som e tudo o que se recolhe é para as crianças pobres da região.
Fotógrafos tiram fotografias para os jornais da cidade, de modo que, todos possam ver seus semelhantes no cumprimento de um dever tão humano...!!!"

Autor desconhecido - texto de 1981
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"Diário de um louco"

Eu me lembro era noite e o sol brilhava no horizonte. Um homem sentado numa pedra de madeira calado dizia: prefiro a morte do que perder a vida.

Enquanto isso em um bosque, sem árvores os pássaros pastavam subitamente, comecei a correr até que percebi que estava parado. Já exausto, senti uma apetitosa falta de fome e fui para casa.. lá chegando entrei pela porta do fundo que ficava na frente onde subi descendo as escadas que iam para meu quarto.
Apressado vesti-me devagar e fui tomar banho em uma água quente que estava na geladeira. E de repente lembrei-me que estava com fome e dirigi-me para o banheiro a fim de jantar rapidamente.. comi o guardanapo e limpei a boca com o bife. Mas continuei pensando que estava com fome, comi então a sobremesa que existia e permanecendo sentado, levantei-me da cadeira e descendo subi a rua que passava na cozinha.
Ao chegar, deitei-me para dormir.

Dormindo tive pressentimento que estava sonhando e adormeci. Sonhei que um homem sentado em pé num canto da parede até filosofava sobre a vida lendo um grosso livro de Geografia que só tinha a capa e dizia: a terra é redonda como um quadrado.. e acabando de ler, o homem, que era mudo, fechou o grosso livro que só tinha capa e disse:

"Sou um pobre sonhador."

À meia noite, o sol raiava no horizonte, um velho com sua linda cabeleira loura, contemplava com os olhos fechados a beleza da natureza, enquanto que um velho mudo calado dizia Os quatro profetas do mundo são três. Moisés e Elias.
Enquanto os pássaros pastavam, as vacas pulavam de galho em galho, à procura de seus aquecidos ninhos.
O mundo é uma bola quadrada que navega num barco sem fundo, sobre ondas de um mar sem água.
E era meia-noite.

Era meia-noite, o sol brilhava no horizonte, os elefantes pulavam de galho em galho e os passarinhos pastavam numa imensa e seca relva. Enquanto isso, atrás de uma ramagem sem folhas, um cego lia um jornal sem letras e de cabeça para baixo, para o surdo ouvir.
E o mudo disse: "É melhor morrer do que perder a vida".

Autor desconhecido
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Fora as ligeiras adaptações de um texto escrito à mão, está aí o diário que guiou meus sonhos de escritor desde criança.. sonhava em ser cientista e palhaço, uma vez que a professora da terceira série me perguntou e depois questionou por que.. bom, disse que queria descobrir estrelas (amava o céu) e inventar coisas, e ainda sim fazer as pessoas rirem.
Bom, me torno daqui a 6 meses um cientista da computação, e quem sabe não possa inventar algumas coisas, e também conseguir uns sorrisos das pessoas ao meu redor? ;)

Obrigado a este texto, e minhas grandes professoras da infância. Agradeço a minha família, e sobretudo a meus pais por deixarem meus sonhos viverem, e até hoje este texto me parece genial!
Estranho né? =P

3 Posts

Bom, desta vez trago de uma vez só 3 posts no blog... acho q vai servir pra dar uma animada nisso aqui, quebrando o ciclo quase quinzenal de postagens =P
E é claro, para realizar este feito, trago dentre os 3 posts este como introdução, e dois das pessoas que mais admiro nesse mundo.
Acredito que nenhum deles é de autoria própria, me deparo no momento com um papel datado de 1981 em uma mão, e folhas avulsas sem data mas com o mesmo papel amarelado em outra. Por hora estou incapacitado de encontrar os autores, ainda os procurarei e atualizarei este post, mas não importa no momento.
São textos que moldaram minha infância e me incentivaram muito a entrar neste mundo da imaginação e criatividade, e sendo eles de importância para meus pais, sinto-os igualmente parte de mim.
Igor

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sobre o Rio

Bom galera, começo este post desejando um ótimo ano novo pra todos vocês, um 2009 cheio de luz e esperança, grandes desafios e grandes conquistas.
Meu ano novo começou na belíssima cidade de Cabo Frio no estado do Rio, e acho que acabei retornando para Minas em um ano novo, como uma pessoa nova.


Cabo Frio/Rj

Me impressionei com a animação daquele povo, super de bem com a vida, e não nego que havia algum preconceito em minha maneira de pensar, como acho que ocorre também com qualquer pessoa, mas tive a sorte de conseguir mudar essa percepção, em 100%, digamos.
Em questão de hospitalidade, sempre acreditei que os mineiros seriam referência por aih, mas agora vejo que é uma característica dos brasileiros mesmo. E vai ser trabalhador esse povo!

Neste quesito, às vezes me pego pensando se estou realmente agindo como um brasileiro; se estou me esforçando para fazer um país e um mundo melhor, e fazendo isto hoje. E muito me recorda o belo post do Samuel, entitulado Dance monkeys dance, onde esta mesma questão é levantada, completada por uma série de comentários interessantíssimos, e um vídeo muito curioso.

E é este mesmo vídeo que levantou outras questões durante a viagem a Buzios/Rj, em uma conversa com o companheiro Péla. Segundo o vídeo de Ernest Cline, somos humanos querendo ser mais do que humanos, mas então qual seria o "limite" desta raça humana?
Enquanto alguns defendem a soberania absoluta do ser humano sobre todos os outros animais, outros apontam apenas ligeiras diferenças, que a evolução escolheu para ser da nossa espécie. Mas e a inteligência? Será o ser humano um ser realmente à parte, ou um ser como todos os outros, no mesmo patamar, com habilidades maiores?

Atualmente já penso o ser humano como duas partes; o hardware e o software; o corpo e aquilo que alguns chamam de "alma", ou "espírito", termos especiais para credos e religiões diferentes mas que sugerem a mesma ideia, de algo além deste nosso mundo físico. Talvez nossa diferença entre outras espécies seja sim de hardware, diferenças estruturais, mas também da porção desta substância metafísica, que seria a responsável pela inteligência, e pela vida. Mais latente nas plantas, um pouco maior nos animais, e em maior quantidade nos seres humanos; e que nos permite ter, mais do que em qualquer outra espécie, esta sensação de ligação com algo além, com a própria natureza, e outros seres humanos.

Por isso aconselho também olhadelas no blog do Marco, que traz de uma maneira bem direta esta questão de relacionamentos humanos, um raça complicada, mas compreensível se levarmos em consideração o que diz Ernest; somos 6 bilhões de seres humanos, e 6 bilhões que se sentem sozinhos neste mundo. Compreensão é a palavra-chave para lidar com esta espécie complicada, e com amor tudo se resolve. =)

Grande Abraço, e um Feliz 2009!!